Essa é a história completa da Branca de Neve e os Sete Anões. Conte essa historinha infantil para dormir.
Branca de Neve é um conto de fadas clássico originário da Alemanha que foi coletado pelos irmãos Grimm. Foi publicado pela primeira vez entre 1817 e 1822 juntamente com outros contos.
Fiz esse post com a versão mais próxima à versão original, coletada pelos irmãos Grimm. Atenção, pois alguns trechos podem não ser adequados para crianças pequenas.
Era uma vez uma rainha que estava sentada costurando junto à janela de seu castelo, no meio do inverno, quando os flocos de neve caíam como plumas do céu.
Enquanto costurava, ela se picou no dedo com a agulha e três gotas de sangue caíram sobre a neve branca.
Ao ver o vermelho brilhante sobre a neve, a rainha suspirou e disse:
— Ah, como eu gostaria de ter uma filha com a pele tão branca quanto a neve, os lábios vermelhos como o sangue e os cabelos negros como o ébano.
Pouco tempo depois, a rainha deu à luz uma linda menina, exatamente como desejara, e a chamou de Branca de Neve.
Mas a alegria não durou muito, pois a rainha adoeceu e faleceu pouco depois do nascimento da filha.
Os anos se passaram, e o rei se casou novamente. A nova rainha era linda, mas muito vaidosa e orgulhosa.
Ela possuía um espelho mágico e todos os dias perguntava:
— Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
E o espelho sempre respondia:
— És tu, rainha, a mais bela de todas.
A rainha ficava satisfeita, pois sabia que o espelho só dizia a verdade.
Mas Branca de Neve crescia e se tornava cada vez mais bonita.
Um dia, a rainha perguntou ao espelho:
— Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
E o espelho respondeu:
— Minha rainha, és bela, mas Branca de Neve é mil vezes mais.
Ao ouvir isso, a rainha ficou furiosa.
— Branca de Neve? Não posso permitir isso! — exclamou, cheia de inveja.
Então, ela chamou um caçador e ordenou:
— Leve Branca de Neve para a floresta, mate-a e traga seu coração como prova de que você cumpriu minha ordem.
O caçador levou Branca de Neve para a floresta, mas, ao ver os olhos gentis da menina, não teve coragem de machucá-la.
Ele gritou:
— Fuja, minha menina, e nunca mais volte ao castelo! A rainha deseja sua morte, mas eu não consigo fazer isso.
Branca de Neve, assustada, correu pela floresta, sem saber para onde ir.
Chorou e andou até que encontrou uma pequena casinha no meio das árvores.
Ela entrou e viu que tudo lá dentro era minúsculo e organizado.
Havia uma mesa posta com sete pratinhos, sete cadeirinhas e sete camas arrumadinhas...
— Que lugar encantador! — disse Branca de Neve. — Eu estou tão cansada, vou descansar um pouco.
Ela deitou em uma das camas e adormeceu.
Quando anoiteceu, os sete anões, donos da casa, voltaram do trabalho nas minas...
— Alguém esteve aqui! — exclamou um dos anões. — Alguém comeu do meu prato!
— E bebeu do meu copo! — disse outro.
— Olhem! — gritou o anão mais novo. — Há uma menina dormindo na minha cama!
Os anões ficaram surpresos, mas encantados com a beleza de Branca de Neve.
Quando ela acordou, os anões perguntaram:
— Quem é você e por que está na nossa casa?
Branca de Neve contou sua história e os anões ficaram com pena dela.
— Você pode ficar conosco, Branca de Neve — disse o anão mais velho. — Mas você deve manter a casa limpa e organizada, e tomar cuidado com a rainha. Ela descobrirá que você está viva.
Enquanto isso, a rainha voltou a perguntar ao espelho:
— Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
E o espelho respondeu:
— Minha rainha, és bela, mas Branca de Neve, que vive na casa dos sete anões, é mil vezes mais.
A rainha ficou furiosa...
— Então ela está viva! — exclamou, com os olhos brilhando de raiva. — Eu mesma cuidarei disso!
Ela se disfarçou de uma vendedora e preparou uma fita de cetim enfeitiçada.
Foi até a casa dos anões e chamou:
— Menina, menina! Venha ver minhas belas fitas!
Branca de Neve olhou pela janela e viu a mulher. Pensou que não havia perigo em abrir a porta.
— Que fitas bonitas! — disse Branca de Neve, encantada.
— Experimente esta aqui — sugeriu a rainha, sorrindo...
Branca de Neve deixou a mulher amarrar a fita em sua cintura, mas a rainha apertou-a tanto que Branca de Neve caiu sem ar.
A rainha fugiu, pensando que seu plano havia dado certo.
Mas os anões voltaram e, ao ver Branca de Neve caída, soltaram a fita e a salvaram.
— Branca de Neve, você deve tomar cuidado! — advertiu o anão mais velho. — A rainha está tentando matá-la!
A rainha voltou a perguntar ao espelho, e quando soube que Branca de Neve ainda estava viva, tentou novamente.
Desta vez, disfarçou-se de uma camponesa e levou um pente envenenado.
Bateu à porta da casinha dos anões e disse:
— Venha, menina! Veja este pente lindo para seus cabelos.
Branca de Neve hesitou, mas o pente era tão bonito que ela aceitou.
— Deixe-me pentear seu cabelo — ofereceu a rainha, com um sorriso falso.
Assim que o pente tocou a cabeça de Branca de Neve, a jovem caiu inconsciente.
A rainha fugiu, certa de sua vitória, mas os anões chegaram a tempo e tiraram o pente envenenado, salvando-a novamente.
— Por favor, não abra a porta para ninguém! — insistiram os anões.
Mas a rainha não desistiu.
Desta vez, preparou uma maçã envenenada, metade vermelha e deliciosa, e metade envenenada.
Vestida de uma pobre camponesa, foi até a casa dos anões e ofereceu a maçã:
— Minha querida, veja que linda maçã! — disse a rainha, disfarçada. — Uma mordida fará você se sentir melhor.
Branca de Neve hesitou.
— Os anões me disseram para não aceitar nada de estranhos.
— Ora, ora, querida — disse a falsa camponesa. — Eu comerei metade, e você pode comer a outra.
A rainha deu uma mordida na metade saudável, e Branca de Neve, confiando, mordeu a parte envenenada.
No mesmo instante, caiu no chão, como se estivesse morta. Os anões, desta vez, não conseguiram salvá-la.
Tristes, eles colocaram Branca de Neve em um caixão de vidro e a colocaram no alto de uma colina.
Todos os dias, choravam pela perda de sua amiga...
Um dia, um príncipe que passava pela floresta viu o caixão e ficou encantado.
— Quem é essa linda jovem? — perguntou ele aos anões.
— É Branca de Neve — respondeu um dos anões, com lágrimas nos olhos. — Ela foi envenenada pela rainha má.
O príncipe ficou tão tocado que pediu para levar o caixão consigo.
— Eu cuidarei dela e a honrarei em meu castelo — prometeu.
Os anões concordaram, e enquanto carregavam o caixão, um dos serviçais tropeçou, fazendo com que o pedaço da maçã envenenada saísse da garganta de Branca de Neve.
Ela abriu os olhos e perguntou:
— Onde estou?
O príncipe, radiante, disse:
— Você está salva! Eu sou o príncipe do reino vizinho e me apaixonei por você assim que a vi.
Branca de Neve sorriu e aceitou o pedido do príncipe para se casar com ele.
A festa de casamento foi grandiosa, e a rainha, sem saber que era o casamento de Branca de Neve, também foi convidada.
Quando perguntou ao espelho quem era a mais bela, ele respondeu:
— Minha rainha, você é bela, mas a nova rainha é a mais bela de todas.
Furiosa, a rainha foi ao casamento e ficou horrorizada ao ver que a nova rainha era Branca de Neve...
Ela foi punida pelos seus crimes, enquanto Branca de Neve e o príncipe viveram felizes para sempre.
E assim termina a história da jovem de pele branca como a neve, de lábios vermelhos como o sangue e de cabelos negros como o ébano.
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Você vai amar a história e as atividades prontas que eu preparei para a Semana da Criança, que você pode acessar bem aqui.
E esse é meu vídeo contando a história de Branca de Neve, adaptada para crianças de todas as idades e com um final educativo de minha autoria:
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