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Essa história infantil de minha autoria é perfeita para trabalhar Setembro Amarelo e saúde mental com crianças.
Com essa história a gente aprende que é normal sentir-se triste ou perdido às vezes, mas é muito importante conversar com alguém de confiança sobre os sentimentos e buscar ajuda.
Nunca estamos sozinhos e sempre existe um jeito de encontrar a luz novamente.
Veja as 5 sugestões de atividades de Setembro Amarelo para fazer com as crianças a partir dessa história no final...
O SOLZINHO QUE QUERIA VOLTAR A BRILHAR
Lívia Alencar
Era uma vez um Solzinho muito especial chamado Léo.
Léo era pequeno, mas muito brilhante e adorava iluminar o dia das pessoas.
Ele acordava cedo, espreguiçava-se e abria seu sorriso mais radiante para iluminar o céu.
Mas um dia, Léo começou a se sentir diferente. Sua luz não estava tão forte quanto antes.
Ele sentia um peso em seu coraçãozinho que não sabia explicar...
Aos poucos, o Solzinho começou a ficar cada vez mais apagado, e sua luz foi desaparecendo devagar.
Léo tentava esconder seus sentimentos, pensando que era apenas um dia ruim.
Mas os dias ruins foram se acumulando, e Léo já não conseguia brilhar como antes.
Ele se afastou das nuvens, das estrelinhas e até da Lua, que era sua melhor amiga.
Preocupada, a Lua resolveu visitar Léo.
Ela se aproximou suavemente, com seu brilho prateado, e perguntou:
— Léo, meu amigo, o que aconteceu? Por que você está tão apagadinho?
Léo suspirou e baixou o olhar.
— Ah, Lua... Eu não sei direito. Sinto como se minha luz tivesse se apagado de repente. Antes, eu adorava iluminar os dias, mas agora... agora parece que não consigo mais.
A Lua sorriu e respondeu:
— Às vezes, até os soizinhos mais brilhantes podem se sentir tristes, Léo. E não há nada de errado nisso. Mas você não precisa enfrentar isso sozinho.
Léo balançou a cabeça, e disse:
— Mas... e se ninguém me entender? E se acharem que eu sou um sol fraco?
— Não é fraqueza, Léo. — disse a Lua, com firmeza. — Compartilhar o que você sente é um ato de coragem. Todos nós precisamos de ajuda de vez em quando.
Decidido a tentar, Léo chamou o Vento, que veio correndo, soprando leve e suave.
— Oi, Vento... Posso falar com você? — perguntou Léo.
— Claro, Solzinho! O que você precisar! — respondeu o Vento, girando ao redor dele.
Léo juntou coragem e desabafou:
— Eu... eu não estou me sentindo bem. Minha luz está tão fraquinha e não sei o que fazer.
O Vento parou de soprar e ouviu com atenção.
— Léo, você é o sol mais incrível que conheço. E mesmo quando não brilha tanto, você ainda é especial. Às vezes, precisamos de um tempinho para recarregar a energia. E tá tudo bem pedir ajuda.
As Nuvens, que flutuavam perto, ouviram a conversa e se aproximaram.
— Estamos aqui para te ajudar também, Léo — disse uma das nuvens.
— A gente pode te cobrir e te proteger quando você precisar descansar.
— É verdade, Solzinho — disse outra Nuvem, abraçando Léo suavemente. — Às vezes, precisamos de um abraço quentinho para nos sentirmos melhor.
Com os abraços das Nuvens e o carinho do Vento, Léo sentiu um calorzinho em seu coração, mas ainda havia algo que precisava ser dito.
Então, ele decidiu falar com as Estrelinhas...
— Estrelinhas, posso falar com vocês? — perguntou Léo, tímido.
— Claro, Léo! — responderam as Estrelinhas, piscando alegremente. — O que aconteceu?
— Eu não tenho conseguido brilhar como antes. Sinto que minha luz está sumindo, e isso me deixa triste. Tenho medo de não voltar a brilhar.
As Estrelinhas, sempre brilhantes e atenciosas, responderam:
— Ah, Léo, todo mundo passa por momentos assim. Nós também temos dias em que não brilhamos tanto. Mas lembre-se: você nunca está sozinho. Estamos todos aqui por você, e juntos, podemos encontrar sua luz de novo.
Léo sorriu pela primeira vez em muito tempo.
Ele percebeu que, mesmo nos momentos mais escuros, ele tinha amigos que o apoiavam e entendiam.
Aos poucos, sua luz começou a retornar, e Léo voltou a iluminar os dias com seu brilho especial.
— Obrigado, amigos — disse Léo, agora com um sorriso brilhante.
Vocês me ajudaram a encontrar minha luz outra vez. Eu nunca vou esquecer o quanto é importante pedir ajuda...
E desde então, o Solzinho Léo brilha mais do que nunca, porque sabe que nunca está sozinho!
Moral da história: É normal sentir-se triste ou perdido às vezes, mas é muito importante conversar com alguém de confiança sobre os sentimentos e buscar ajuda. Nunca estamos sozinhos, e sempre existe um jeito de encontrar a luz novamente.
Veja essas 5 sugestões de atividades com as crianças para trabalhar Setembro Amarelo a partir dessa história:
1. Círculo de Conversa sobre Sentimentos
Objetivo: Estimular as crianças a falarem sobre seus sentimentos de forma segura e acolhedora.
Atividade: Após ler a história, organize um círculo de conversa. Pergunte às crianças como acham que o Solzinho Léo se sentiu e se já se sentiram tristes ou com medo de algo...
Incentive-as a falar sobre um momento em que se sentiram como o Léo e o que fizeram para se sentir melhor. Ofereça bonecos de pelúcia ou almofadas para que se sintam confortáveis durante o momento de partilha.
Material: Almofadas, bonecos de pelúcia.
2. Desenhando Nossos Sentimentos
Objetivo: Ajudar as crianças a expressarem suas emoções através da arte.
Atividade: Distribua folhas de papel e lápis de cor. Peça que desenhem como se sentem quando estão felizes, tristes, com raiva ou medo. Depois...
Peça que desenhem o Solzinho Léo no momento em que ele voltou a brilhar, para reforçar a mensagem de que todos podemos reencontrar nossa luz.
As crianças podem compartilhar seus desenhos, se quiserem, e falar um pouco sobre o que desenharam.
Material: Folhas de papel, lápis de cor, canetinhas, giz de cera.
3. Criação de Cartões de Apoio
Objetivo: Ensinar as crianças a oferecerem apoio e palavras gentis aos outros.
Atividade: Peça às crianças que criem cartões com mensagens de apoio, como "Você é especial", "Estou aqui para você", ou "Você nunca está sozinho"...
Esses cartões podem ser decorados com desenhos do Solzinho, Nuvens e Estrelinhas. Depois, podem trocá-los entre si ou levar para casa para dar a alguém especial.
Material: Cartolina, canetinhas, adesivos, glitter, tesoura.
4. Teatro de Fantoches: Reencenando a História
Objetivo: Reforçar a compreensão da história e das lições sobre apoio emocional.
Atividade: Divida as crianças em pequenos grupos e forneça fantoches ou crie fantoches com meias para representarem os personagens (Solzinho Léo, Lua, Vento, Nuvens, Estrelinhas)...
Cada grupo pode apresentar uma parte da história, incentivando-as a usar suas vozes e criatividade para dar vida aos personagens.
Material: Fantoches prontos ou meias, canetinhas, cola, pedaços de feltro para decorar.
5. Jogo "Achando a Luz": Um Caminho de Apoio
Objetivo: Mostrar a importância da ajuda mútua através de uma atividade interativa.
Atividade: Crie um jogo onde as crianças percorrem um caminho cheio de “nuvens” (obstáculos simbólicos) até encontrar um “sol brilhante” (representando um momento de felicidade)...
No percurso, elas podem encontrar cartões que representem amigos (Lua, Nuvens, Vento) que dão dicas de como seguir em frente, mostrando que a ajuda dos outros é importante para encontrar a luz.
Material: Cartolina para fazer as nuvens e o sol, fitas adesivas para criar o caminho no chão, cartões com mensagens de apoio.
Essas atividades ajudam as crianças a refletir sobre a importância de compartilhar sentimentos e buscar ajuda quando necessário, reforçando o tema de que ninguém está sozinho e que há sempre luz no fim do túnel!
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